domingo, 24 de março de 2013

O 1001 Discos recomenda:





Sim, eu já brinquei de amigo secreto de três pessoas. E não, não me arrependi, pelo contrário, só vi vantagens.
Começando pelo fato de que os amigos secretos são meus amigos de verdade. As pessoas com quem compartilho os mais variados momentos. Estudamos juntos. Com eles dividi homéricos porres no bar do Zé do Pau. Eles me colocaram em um avião pela primeira vez na vida (e fizeram um vídeo meu chorando de medo antes de decolar, que ódio!).Com eles assisti a shows inesquecíveis, pulei no mar de roupa e tudo numa noite fria pra caramba de agosto, não entendemos juntos o sotaque das pessoas em Porto Alegre e achamos que pagaríamos "treze reais" em uma bola de sorvete, tietamos artistas da globo,presenciamos o pôr- do- sol mais bonito de nossas vidas,filosofamos juntos,dividimos quartos de hostel com péssimas companhias, tivemos até a ideia de abrir nosso próprio hostel em alguma praia paradisíaca por aí. Quem sabe não rola mesmo?

Outra vantagem do amigo secreto entre três pessoas é que quando você sabe como é o seu amigo secreto você tem mais chance de acertar no presente. Tudo bem que eu dei um livro de história para o João. É, um livro de história! Não um DVD, uma camisa cool, mais uma garrafa de Tequila, mas sim um livro de história, coitado. E eu pedi uma esteira ergométrica para a Ericka, mas ela disse que eu não estava brincando de amigo secreto com a Narcisa.

 Enfim, que seja. Meu presente foi bem melhor que a esteira: Ganhei o DVD "No Bull', do AC/DC!

Gravado em julho de 1996 ,no Plaza de Toros de Las Ventas, em Madrid, Espanha, o trabalho é resultado da turnê do álbum Ballbreaker, de 1995, marcando a volta do baterista Phil Rudd após mais de uma década ausente e que logo logo será resenha desse querido e "humirde" blog. Foi lançado em VHS em 1996, relançado em DVD em 2000.
Em 2008 o concerto ganhou uma nova edição entitulada "No Bull,The Director´s Cut", em DVD e Blu- Ray, contendo extras sensacionais como: bônus track de algumas performances da mesma turnê, toda a lista de shows do Ballbreaker Tour (incluindo a passagens dos australianos pelo Brasil), e a versão da câmera de Angus Young em quatro músicas, incluindo "You Shook Me All Night Long". É de babar em cima do sofá com a energia e toda a correria, pulinhos, pulões e suor do guitarrista, sem contar o delírio que é quando o plano detalhe da câmera está direto na guitarra.

Se você curte os sons de Ballbreaker, pode contar com a performance de "Hard As A Rock", "Boogie Man" "Hail Caesar" e "Cover You In Oil", e para quem é da turma dos clássicos, bem, saibam que todos estão lá,mas só para dar um pouco de água na boca e fazer vontade de assistir pra valer, o show abre com"Back In Black", passa por "T.N.T", 'The Jack", mostrando o Brian Johnson se pendurar na corda do sino de "Hells Bells" e depois de muita alucinação, o show fecha com o hino "For Those About To Rock (We Salute You)".

A volta de Phil Rudd, o ritmo ditado pelo baixo de Cliff Willians, a energia de Brian Johnson e o casamento perfeito das guitarras dos irmãos Young explicam bem porque a banda é uma lenda viva, responsáveis por vários dos melhores concertos da história do Rock. Anos depois, pude constatar isso vendo a passagem deles pelo Brasil em 2009, para a turnê do álbum Black Ice e o que mais me impressionou foi perceber que anos depois e após décadas de banda, os caras tem a mesma energia e exatamente a mesma performance em palco, sem cair a qualidade ou a magia que pode-se sentir em uma arena lotada de loucos com tiarinhas de chifrinhos! Em qualquer lugar do mundo os fãs de AC/DC ficam em êxtase, da primeira até a última música de um show, sem com que a gente saiba dizer qual público é mais agitado.
 Por isso, damos graças ao AC/DC  e dizemos para os vovôs mais bacanas do Rock: "We Salute You"!


 
 

quinta-feira, 21 de março de 2013


# 4  The Rolling Stones, Let It Bleed,1969

Olá gatinhas e gatões curiosos!
O 1001 discos tem o prazer de apresentar o álbum de uma banda nova por aí, ouçam seu trabalho para dar uma forcinha pros caras.” Uns tais” de Rolling Stones.

O ano era 1969, período 5070-5071 de Kali Yuga, a idade das trevas, do ferro. O homem pisa na lua pela primeira vez, Woodstock chegando para os últimos suspiros do “Flower Power”, ano considerado também como o ano do nascimento da Internet, a Guerra do Vietnã rolando. O mundo ficava pequeno demais para tanto sentimento e criatividade explodindo dentro de cada ser humano. Como diria um amigo: “Um ano bem sugestivo”. E no meio de tudo isso e mais um pouco, Let it Bleed , é lançado mostrando a dureza desses tempos.
 Tudo se resumia em violência, política, poder, avanços tecnológicos e uma certa esperança e otimismo, as pessoas estavam formando suas comunidades, suas soluções. Não deve ser a  toa que o álbum começa com o apocalipse de “Gimme Shelter” e encerra com a triste mensagem de “You Can`t Always Get What You Want”.
O trabalho dos Stones em Let It Bleed também conta com uma variedade de ritmos, como era feito na boa época do rock onde o blues e o folk  influenciavam diretamente.

E como diria o livro que inspirou esse humilde Blog, o álbum também é hard hock. E é  assustador quando a gente lê a letra de” Midnight Rambler” , por exemplo.

Como não conhecia o álbum inteiro antes de comprá-lo, nas primeiras vezes em que ouvi, não entendia muito bem , afinal de contas, não consegui definir apenas um padrão e um ritmo para ele. Ao ler algumas letras, me confundo ainda mais achando que “Love In Vain” era apenas uma love song, mas que rolava depois da forte, política apocalíptica “Gimme Shelter”, passando depois para algumas mensagens de violência e ameaças de “Midnight Rambler” e propostas mega indecentes da música título do disco. Cheguei a pensar que minha música favorita era alguma mensagem de esperança! “Você não pode ter tudo o que quer, mas se tentar algumas vezes pode encontrar aquilo que precisa”. Realmente, é uma mensagem bonita, mas o contexto todo era expressar como algumas pessoas são conformadas demais e como elas ficam tristes e acabadas demais quando não colocam, todo o seu sentimento e questionamento para fora. Elas bebem demais, comem demais, gastam demais, para quê? E assim a felicidade existe... Será?
O lado bom é que eu não fui a única a confundir. Afinal de contas, o belo coral do começo de “You Can´t...”e o trecho da letra já citada aqui virou até mensagem bonitinha de campanha publicitária no Brasil!

Só caí na real quando percebi que não conseguia escrever absolutamente nada sobre esse trabalho: não havia entendido mesmo! Até começar a relembrar a época, a dura época em que Let It Bleed foi lançado . E sim, toda essa massaroca de sentimentos que o mundo experimentava, do medo ao êxtase, estava ali, em cada canção, em cada letra, encaixadas perfeitamente nos ritmos certos. Um pouco no Blues, um pouco no Folk, um pouco do rock n roll puríssimo.

Um dos melhores trabalhos dos Stones, das nove músicas, as nove são de ouro e até o próprio Mick Jagger admitiu que o disco é um de seus trabalhos favoritos. E mesmo com a verdade daqueles dias expostas ali, não é um álbum pesado ou  difícil de ouvir, ao contrário, o tempo passa muito rápido quando estamos ouvindo, o que prova que “o que é bom dura pouco”.Muito clichê, mas na verdade essa foi a minha primeira impressão.

Lembro de uma época em que fazia alguns trabalhos falando sobre as décadas de 60 e 70 e um dos fatos citados foi o do fã  esfaqueado durante um show dos Stones, em 1968. A cena aparece no documentário da banda chamado “Gimme Shelter”, nome da faixa mais significativa de Let it Bleed. A opinião de hoje, anos depois desses estudos é que “Flower Power” era apenas uma utopia, as pessoas ainda são egoístas e cheias de complexos e inseguranças de todo o tipo para conseguir viver em uma comunidade onde tudo é divido de forma amorosa e harmoniosa. Talvez a mensagem do disco seja essa mesmo, longe de querer ser a dona da verdade.

Já que não vivi a loucura daqueles tempos, fico grata ao legado que foi deixado, a dificuldade, o inconformismo e angústia de toda uma geração, transmitidos em forma de arte.

Let It Bleed, Inglaterra, 1969

01-  Gimme Shelter (Jagger – Richards)             
02-  Love in Vain (Jagger – Richards)                
03 – Country Honk  (Jagger – Richards)           
04 – Live Whith Me(Jagger – Richards)              
05 –Let It Bleed (Jagger – Richards)                 
06 – Midnight Rambler (Jagger – Richards)      
07 – You Got The Silver (Jagger – Richards)   
08 – Monkey Man (Jagger – Richards)             
09 – You Can´t Always Get What You Want 
                  (Jagger – Richards)                                 

Cuidem-se, fiquem em paz na medida do possível, serenidade nos tempos difíceis e muito som bom na cabecita de cada um de vocês. E, em algum ano de Kali Yuga que eu não lembro (não lembro mesmo!), digo tchau!
E agora só faltam 997 !
=)


quinta-feira, 14 de março de 2013

Na trilha de Quentin Tarantino!


Saudações musicopirados!

Dessa vez saio um pouco dos 1001 discos para entrar no mundo do cinema e no Mondo Tarantino.
Vale lembrar que a Mostra Tarantino que está em cartaz no CCBB ainda rola por mais um tempinho.
Os espaços exibem filmes do consagrado diretor norte americano como "Cães de Aluguel" (1992), "Pulp Fiction" (1994)," Jackie Brown" (1997), "Kill Bill", v.1 e 2 (2003/2004), "A prova de Morte" (2007) e "Bastardos Inglórios" (2010).Há também alguns filmes em que ele fez em parcerias, como o famoso "Sin City" e "Um drinque no Inferno".

A mostra também exibe filmes que inspiraram Tarantino, como "Assassinos por Natureza", "Taxi Driver" e a versão de "Django", de 1966, já que esse ano saiu nos cinemas "Django Livre", que é sensacional! Na minha opinião, ainda  perde para os "Batardos", mas é genial.
A Mostra rola no CCBB até o dia 17 desse mês. Portanto, restam  dois dias pra gente se deliciar com as obras do diretor.
Ingressos custando R$4,00 (inteira) e R$2,00 (meia entrada).

Querem o endereço? Então anotem aí:
CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil: R.álvares Penteado,112, centro. Tel: 3113-3651

E vamos de música que é o que manda nesse blog. Trilha sonora de "Pulp Fiction", cena marcante dos personagens "Mia Wallace e Vicent Vega. A banda? Urge Overkill. O som? "Giiiiiirl, you´ll be a woman soon"........

é isso aí, fiquem em paz, cuidem-se, e Tchaus!